junho 20, 2011

LISBOA NÃO ESTA NUMA BOA!

Secretário de Saúde de Bacabal, Lilio 'Guêga' Estrela de Sá
Secretário de Saúde de Bacabal, Lilio 'Guêga' Estrela de Sá


Prefeito de Bacabal, Raimundo Nonato Lisboa.
Prefeito de Bacabal, Raimundo Nonato Lisboa.

Blog do Louremar Fernandes


O prefeito de Bacabal, Raimundo Nonato Lisboa, e o Secretário de Saúde Lilio “Guêga” Estrela de Sá estão sem poder dispor dos seus bens para qualquer negócio.

O Juiz da 1ªVara de Bacabal, Celso Pinheiro Júnior, decretou a indisponibilidade dos bens da dupla atendendo a uma ação movida pelo Ministério Público. O Promotor de Justiça Márcio José Bezerra Cruz, iniciou uma Ação por Ato de Improbidade Administrativa pelo fato do prefeito Lisboa ter permitido que o município tenha sofrido uma multa que hoje chega a quase 3 milhões de reais. O juiz concluiu que “…restam indícios de improbidade ante a farta documentação que aparelha a presente demanda, revelando a forma negligente com que tem sido tratada a saúde pública deste município. Por óbvio, omissões dos requeridos”.
O prejuízo que o prefeito e o secretário deixaram o Município sofrer é decorrente da multa pelo descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta. No Termo, o Prefeito se comprometeu a reformar o pronto-socorro municipal no prazo de 180 dias. O termo foi assinado em maio de 2009. Até hoje a obra não foi concluída. O acordo com o MP prevê multa de 5 mil reais por dia de atraso nas obras.
O juiz Celso Pinheiro Júnior cita em sua decisão que o pronto-socorro está fechado há mais de 595 dias e o valor da multa está em R$ 2 milhões 975 mil. A decisão do juiz de tornar indisponíveis os bens do Prefeito e do Secretário atende em parte ao pedido do Ministério Público. No processo de número 1195/2011, o Promotor pediu a quebra dos sigilos bancários, fiscal e imobiliário e ainda o sequestro dos bens de Lisboa e Lilio Guêga.
Lilio Guêga e Raimundo Lisboa tem o prazo de 15 dias para apresentar defesa.
A história de um pronto-socorro fechado
No ano de 2007, no mês de junho, técnicos do laboratório móvel da Secretaria de Estado do Meio Ambiente visitaram o pronto-socorro de Bacabal. Comprovaram muitas irregularidades, inclusive a contaminação por coliformes fecais da água consumida pelos funcionários e pacientes.
No mês de agosto do mesmo ano, após uma fiscalização, a Promotoria ajuizou uma Ação Civil Pública contra a Secretaria de Saúde do Município. O ato seguinte foi levado a efeito pelo juiz Osmar Gomes. Ele concedeu uma liminar parcial à Ação Civil impetrada pelo Ministério Público. A Ação pedia o total fechamento do Socorrão. O juiz, em seu despacho, argumentou que tal medida penalizaria a comunidade bacabalense.
O pronto-socorro passou então a funcionar parcialmente, sendo depois transferido para o Hospital Regional Laura Vasconcelos. Ainda em 2007, quando Lisboa era o homem de confiança do ex-governador Jackson Lago, o governo do Estado liberou recursos financeiros para a execução da obra de reforma e ampliação. Os valores nunca foram divulgados pelo município.
A reforma só começaria em maio de 2008, com previsão de terminar em novembro do mesmo ano. Não foi o que aconteceu. Já em maio de 2009, foi realizada uma audiência pública onde entidades representativas da sociedade civil e o Ministério Público cobraram providências da Secretaria de Saúde do município sobre a reforma que, naquele mês, completava um ano. Foi redigido um acordo estabelecendo o prazo de 180 dias para a consecução da obra. Até hoje a reforma continua sem conclusão.

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