março 14, 2013

Flávio Dino e Roberto Rocha falam dos Diálogos pelo Maranhão



O pontapé inicial do Movimento Diálogos pelo Maranhão acontecerá amanhã (15), em Imperatriz. Lideranças políticas que propõem um novo modelo de governança para o Maranhão estarão presentes no auditório da Faculdade Atenas Maranhense às 19h para discutir propostas para o Maranhão, junto à população da segunda maior cidade do estado.

No sábado, a caravana dos Diálogos pelo Maranhão estará em Açailândia (11h), no auditório da Câmara Municipal) e à noite, em Itinga (19h, Câmara Municipal). A ideia é ouvir toda a população maranhense e discutir ao lado dos movimentos sociais, sindicais, políticos, populares e civis os principais problemas do Maranhão e apresentar soluções para o estado.

Em entrevista, Flávio Dino e Roberto Rocha, duas das maiores lideranças políticas maranhenses, falaram sobre o lançamento do projeto, as principais discussões que acontecerão neste final de semana e sobre os rumos que o Maranhão precisa adotar para obter desenvolvimento com igualdade social.



Confira abaixo a entrevista.

O que significa o movimento Diálogos pelo Maranhão que será lançado na sexta em Imperatriz?

Flávio Dino: É um manifesto em favor do Maranhão. O ponto de partida do que esperamos seja um processo de transformação do Estado, consolidando um novo ciclo econômico com justiça social. Queremos ouvir a população. Os Diálogos irão acontecer em todo o Estado, respeitando as singularidades de cada região.

Roberto Rocha: Nós acreditamos que só dessa forma, percorrendo todas as camadas sociais e segmentos organizados, identificando pleitos e anseios, reverteremos o quadro atual de extrema pobreza e falta de oportunidades, embora sejamos um Estado geograficamente bem posicionado e com imensas riquezas naturais.

Como se organizará esse debate?

Flávio Dino: A partir de três eixos estratégicos de visão de futuro: I. Maranhão da igualdade, II. Maranhão da democracia e III. Maranhão do desenvolvimento. Nosso Estado é rico, mas sua riqueza não chega ao povo. O Brasil retirou 40 milhões de pessoas da pobreza na ultima década eavança, um progresso que impulsiona diferentes regiões, principalmente o Nordeste. Estados como Pernambuco e Ceará dinamizam sua economia e enfrentam seu imenso passivo social. O Maranhão não pode ficar para trás. Precisamos dar um basta nesse atraso.

Há uma contradição no Maranhão?

Flávio Dino: Imensa. É essa contradição que as forças da mudança se propõem a superar. Defender verdadeiramente o Maranhão hoje significa lutar para eliminar esse descompasso entre o que somos e o que podemos ser.

E qual será a síntese desse processo?

Roberto Rocha: Um programa de governo transformador, honesto e com propostas viáveis. Um programa de um governo democrático e popular. Vamos juntos buscar novos caminhos. O pouco que o Estado avançou até hoje se deve a ações do governo federal, aos investimentos privados e ao trabalho do povo. O Governo do Estado é quem deve comandar o processo de desenvolvimento do Maranhão.



Qual o foco desse movimento Diálogos pelo Maranhão?

Flávio Dino: Geração de riqueza e trabalho para todos. Isso se consegue com gestão moderna, eficiente e transparente no uso dos recursos públicos. Precisamos de desenvolvimento, aproveitando as vocações econômicas derivadas da agricultura, da pecuária, do extrativismo e da pesca, para, a partir daí, termos uma política industrial democrática. Mas a pauta social é também extensa: garantir ensino público de qualidade nos diferentes níveis, melhoria da saúde, moradia e saneamento; bem como o combate à violência e à criminalidade. Há muito por fazer. E faremos juntos.

Qual o DNA do atraso?

Roberto Rocha: O domínio oligárquico. O Estado não pode ser propriedade de grupos. Temos que romper essa tradição nefasta. A alternância no poder é algo muito saudável e natural. Mudar faz parte do jogo democrático e do ciclo da vida. Chegou a vez do povo maranhense. A necessidade de transformação se capta nas ruas. O cidadão quer e precisa de mais. Acreditamos que a ponte para o novo começa no jeito de fazer política e na forma como é construída.

E você acredita que se rompe esse modelo com os Diálogos? Por quê?

Roberto Rocha: Porque esse movimento não é de um partido ou grupo político apenas. O sentimento inspirador e criador é ser a favor do Maranhão. Vamos trabalhar para virar a página da injustiça social e do abandono. Vamos recomeçar a nossa história, escrevendo cada capítulo, agora, a muitas mãos e com muitos sonhos. Esse manifesto é um convite aberto a todos.

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