abril 17, 2014

Pai afirma que se madrasta estiver envolvida terá que pagar, diz advogado.

Foi sepultado, nesta quarta-feira (15), o menino de 11 anos encontrado morto no interior gaúcho depois de passar dez dias desaparecido. A polícia investiga a participação de cada um dos suspeitos presos. Entre eles, o pai e a madrasta da criança.
Bernardo foi enterrado ao lado da mãe em Santa Maria. Policiais voltaram à cena do crime em Frederico Westphalen e encontraram um saco plástico que pode ter sido usado para esconder o corpo.
Na casa de Edelvânia, a mulher que confessou participação no assassinato, foram apreendidas ferramentas que teriam sido usadas para enterrar o menino. 
Ela e a madrasta de Bernardo, Gracieli Boldrini, foram vistas com o garoto em um posto de gasolina, no centro da cidade, no dia em que ele desapareceu. O pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, também está preso. A polícia investiga agora a participação de cada um no crime.
"Estamos investigando se há  participação de mais pessoas e a conduta de cada um que resultou na morte do Bernardo”, afirma Cristiane Braucks, delegada.
Em fevereiro, foi realizada uma a audiência em uma sala do Fórum de Três Passos. Bernardo foi ouvido pelo juiz e a promotora. O menino reclamou que o pai trabalhava demais e tinha pouco tempo para ele. E também revelou que não gostava da madrasta.
A promotora chegou a ingressar com uma ação pedindo que a guarda do menino ficasse com a avó materna.  “Sentou-se no meu colo, era um menino muito afetivo , me abraçou e disse 'promotora, meu pai não tem tempo pra mim, minha madrasta me xinga e eu quero te pedir para ir para outra família', disse a promotora Dinamárcia de Oliveira.
Mas, na audiência com o juiz, o pai, Leandro Boldrini prometeu se reaproximar do filho. O juiz decidiu tentar a reconciliação. E Bernardo concordou.
“De acordo com relatos que nós tínhamos na época, a decisão foi a melhor possível. Jamais poderia se concluir que o menino corria risco físico. Muito menos que teria que a situação o desfecho que teve”, declara o juiz Fernando Vieira.
O primo do pai do menino, que é advogado da família, disse que Leandro Boldrini nega todas as acusações. Ainda segundo o advogado, Leandro afirmou que se a madrasta estiver envolvida terá que pagar.
Fonte: G1

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