O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta
quinta-feira (30) o investimento de R$ 135 milhões em pesquisas e centros de
reabilitação para estimulação de crianças com microcefalia e outras alterações
associadas ao vírus da zika. O anúncio foi feito durante o encontro da Rede
Nacional de Especialistas em Zika e Doenças Correlatas (Renezika) no centro de
Brasília.
Do total, serão investidos R$ 114,3 milhões para
reabilitação de crianças com microcefalia, e R$ 10,9 milhões serão destinados à
formação de 51 equipes de apoio à Saúde da Família com atuação em estimulação
precoce. Os demais R$ 10 milhões irão para a pesquisa e criação de bancos
nacionais de amostras de vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti —
transmissor da dengue, da zika e da chikungunya.
De acordo com o ministro, o Brasil tem 2.542 casos
confirmados de crianças com microcefalia e “80% delas já estão sendo atendidas
em centros de reabilitação.
Sobre a contaminação pelo vírus da zika, o ministro
destacou a redução no número de casos confirmados. Entre o dia 1º de janeiro e
25 de março foram identificadas 90.281 contaminações contra 941.130 casos
registrados no mesmo período do ano passado.
Segundo Barros, a queda deve-se a uma série de
fatores. “Clima, mobilização social e as pessoas se protegendo, além da
distribuição de repelentes que conseguimos para as grávidas do Bolsa Família.”
No espaço do encontro, estandes de empresas e
institutos de pesquisa nacionais e internacionais exibiam tecnologias e
alternativas práticas de combate à proliferação do aedes aegypti. Entre as
inovações, o instituto canadense Green Lid apresentou um vaso de plantas
biodegradável que funciona como armadilha para os mosquitos.
Sem vacina
Sobre a indisponibilidade de vacinas em alguns
postos de saúde do país, o ministro afirmou que “não há falta de vacina para as
áreas de recomendação” e que os próximos investimentos devem suprir uma demanda
espontânea pela imunização.
“As vacinas estão à disposição. O que existe, por
conta da divulgação, são brasileiros indo voluntariamente tomar a vacina.
Governos e prefeituras devem-se reunir com Ricardo
Barros para elaborar planos de atuação em municípios desassistidos. “Vamos
aguardar as informações dos municípios para atender as regiões que não estão em
área de risco, mas tem demanda pela vacina. Talvez tenhamos que fracionar os
estoques.
G1
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