O deputado Ricardo Murad (PMDB) sai vitorioso e forte das eleições de domingo passado. Com a força da endinheirada e toda poderosa Secretaria de Saúde – a qual comanda sem precisar assinar a compra de uma seringa- ele elegeu dois deputados estaduais e um federal. Sua filha, Andrea Murad (PMDB) e seu genro, o inexpressivo Sousa Neto (PTN) estarão na Assembleia Legislativa. Ex-secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes ganhou de presente uma cadeira na Câmara Federal.
Apesar da vitória no quadro geral, o homem forte do governo Roseana sofreu algumas derrotas pessoais em Coroatá e São Luís, além de gerar crises internas e conseguir aumentar seu o número de desafetos.
Derrotas
Em Coroatá, onde sua mulher, Teresa Murad é prefeita, Ricardo não conseguiu impedir a vitória de Flávio Dino (PCdoB) com 54,24% contra 49,51% de Lobão Filho (PMDB). Seu candidato ao senado, Gastão Viera (PMDB) obteve 49,15% dos votos e também foi derrotado, Roberto Rocha saiu com 50,37%.
Em sua disputa particular na capital, Murad não conseguiu que sua filha superasse os 12 mil votos do vereador Fábio Câmara, seu ex-aliado. Apesar de toda estrutura em São Luís, Andrea chegou a 11.222 mil votos.
Inimigos
Para garantir a eleição de seus três candidatos, o secretario Ricardo Murad jogou pesado contra os próprios aliados do governo. Deputados eleitos e candidatos novatos acabaram atropelados por Ricardo.
Um exemplo é o deputado Hélio Soares (PP) que depois de ter perdido vários prefeitos para Ricardo, decidiu abandonar a campanha e declarar apoio a Flávio Dino. Ele não conseguiu a reeleição. Marcos Caldas que também não se reelegeu, declarou a apoio ao candidato comunista depois de sentir a pressão de Ricardo em algumas de suas bases.
O deputado Rogério Cafeteria chegou a informar à governadora Roseana sobre as atitudes de Ricardo. Ela apenas ouviu calada.
Família Cutrim
Ricardo também seria um dos responsáveis pelo rompimento da família Cutrim com o grupo Sarney. Não é novidade para ninguém que o presidente do TCE, Edmar Cutrim e Murad sempre trocaram farpas e que nos bastidores sobravam conspirações de ambos os lados.
Durante coletiva de Lobão Filho na sede do PMDBN para tratar do episódio da gravação em que Edmar aprece supostamente usando o cargo de presidente para cooptar prefeitos para votarem com Flávio Dino, Ricardo Murad chegou a interromper o senador Lobão Filho para chamar Edmar Cutrim de bandido.
E esse foi o saldo de 2014 para Ricardo Murad…
Blog do Marcelo Vieira
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