O Brasil tem 26 Estados e o Distrito Federal, não é mesmo?
São, portanto, 27 unidades da Federação.
Pois bem, dos 40 municípios de todo o país que têm a maior média na relação Bolsa Família por habitante — ou seja, dos 40 municípios em que a população proporcionalmente mais depende do Bolsa Família –, nada menos do que 20, ou seja, A METADE, ficam no Maranhão.
Isso, repito para deixar o mais claro possível, entre todas as cidades pobres de 27 unidades da Federação.
E o Maranhão é, como se sabe, governador há meio século pela família Sarney e por apaniguados.
Só o atual senador José Sarney (PMDB-AP), sua filha, Roseana (PMDB-MA) e o hoje ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, somados, governaram por SEIS MANDATOS.
E, além de ser o campeão dos Estados cujas cidades não sobrevivem sem o Bolsa Família, o Maranhão é o pior em quase todos os indicadores sociais — analfabetismo, falta de saneamento básico, mortalidade infantil, criminalidade…
Não é de estranhar, pois, que os Sarney tenham finalmente sido escorraçados do poder na eleição do dia 5, que guindou ao Palácio dos Leões por esmagadora maioria o candidato de um partido nanico, o PCdoB, Flávio Dino.
Sarney, que desde 1990 é senador por outro Estado, o Amapá, desistiu de continuar na política, a governadora Roseana, vendo que a maré contra a família estava forte, abriu mão de sua candidatura ao Senado e decidiu ir até o final de seu mandato, no próximo dia 1º de janeiro, e Lobão viu Lobão Filho, seu filho e suplente de senador em exercício — imoralidade permitida pela legislação eleitoral — ser esmagado na tentativa de se eleger governador.
Cliquem aqui e vejam detalhes desse quadro trágico em ótima reportagem de VEJA.com, no item “O ranking dos municípios”
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