Júlio Pinheiro, numa atitude de defesa clara dos
interesses e da proposta do governo, afastado de suas funções de professor e
presidente do Sinproesemma para exercer o cargo de vice-prefeito da capital
maranhense, eleito nas últimas eleições, surpreende e numa missão, desesperada,
ilegal e antiética, resolveu na tarde do último dia oito, em plena reunião da
direção, retomar e usurpar a presidência da entidade com o objetivo de
pressionar e constranger a direção sindical, no sentido de aprovação da
proposta do Palácio dos Leões, contrariando assim os interesses de sua
categoria em favor do governo.
Carta
aberta aos professores da rede estadual do Maranhão ou a reinvenção do
sindicalismo getulista no Sinproesemma
Prof.
Euges Lima
No
dia primeiro de fevereiro no Auditório do Palácio dos Leões, ocorreu a primeira
reunião oficial de negociação da Campanha Salarial do Sinproesemma com
representantes do governo, ocasião em que a proposta governista foi
apresentada: 8% de reajuste parcelada em duas vezes (4% em fevereiro, mais 4%
em maio), sem retroativo a janeiro(data-base), sendo que o reajuste proposto
não incide sobre o vencimento base como é de praxe, mas somente sobre a GAM
(Gratificação de Atividade de Magistério), não repercutindo, portanto assim nas
gratificações e titulações, gerando enormes perdas salariais. Por isso, tal
proposta, foi mal vista pelos diretores e pelo conjunto da base da categoria,
sendo refutada na penúltima reunião de direção no último dia três.
Com
receio de a direção sindical recusar mais uma vez a proposta do governo e o
temor do surgimento de uma greve geral da categoria, uma vez que desde 2016 que
o governo Flávio Dino não paga o reajuste do Piso Nacional e do Estatuto do
Magistério aos docentes, acumulando perdas na ordem de 19,87% e a insatisfação
da Classe com seu governo ser grande, o professor Júlio Pinheiro, numa atitude
de defesa clara dos interesses e da proposta do governo, afastado de suas
funções de professor e presidente do Sinproesemma para exercer o cargo de
vice-prefeito da capital maranhense, eleito nas últimas eleições, surpreende e
numa missão, desesperada, ilegal e antiética, resolveu na tarde do último dia
oito, em plena reunião da direção, retomar e usurpar a presidência da entidade
com o objetivo de pressionar e constranger a direção sindical, no sentido de
aprovação da proposta do Palácio dos Leões, contrariando assim os interesses de
sua categoria em favor do governo.
Invertendo
a função do Sindicato que deveria ser de defesa dos anseios e interesses da
Classe, professor Pinheiro, infelizmente, resgata assim, no Sinproesemma e no
Maranhão, o sindicalismo getulista de chapa branca da Era Vargas (1930/1945),
onde os Sindicatos eram meros fantoches, verdadeiros “departamentos” governamentais,
sem a menor autonomia e independência, algo superado desde os fins de 1970, com
o chamado novo sindicalismo do ABC paulista, de feição classista.
Mesmo
com a ponderação de alguns diretores na reunião de que tal acúmulo: presidência
do sindicato mais vice-prefeitura, poderia ser ilegal, antiético e em última
instância, incompatível politicamente, professor Júlio Pinheiro não deu
ouvidos, insistiu e reassumiu a presidência no último dia oito, gerando assim
uma grande revolta e indignação na categoria dos professores da rede estadual
do Maranhão e também numa ala da direção sindical.
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