SÃO LUÍS (MA) – Na tarde dessa quinta – feira, 31 de Março, centenas de estudantes do ensino médio da rede pública pintaram a cara e saíram às ruas de São Luis para protestar contra a greve dos professores orquestrada pelo Sinproessema. O movimento foi organizado pelos grêmios estudantis das escolas Liceu Maranhense, Margarida Pires Leal, Bacelar Portela, Antonio Ribeiro da Silva, Dayse Galvão, Escola Modelo, Almirante Tamandaré, Cidade de São Luis, Umes e demais entidades estudantis e juvenis de São Luis.
O movimento iniciou com uma grande assembléia de estudantes no auditório do Liceu Maranhense, onde os estudantes discutiram a atual situação do movimento grevista e fizeram uma avaliação sobre a reunião ocorrida na segunda feira dia 28 de março na secretaria de educação, onde a secretária Olga Simão relatou que todos os esforços foram empenhados para que a greve não tivesse ocorrido e mostrou com documentos que o Sinproessema abandonou as negociações e decidiram pela greve sem, contudo, ter finalizado as negociações. Outro fator que deixou os estudantes indignados foi o fato de não ter recebido nenhuma comunicação do sindicato, ou seja, os estudantes que são partes interessadas no processo educacional, não foram comunicados, souberam da greve pela imprensa.
Após a assembléia os estudantes saíram em passeata pela Praça Deodoro, Rua Grande, até a sede do Sinproessema, durante todo o percurso várias lideranças estudantis se revezaram ao microfone para demonstrar sua insatisfação com a intransigência do sindicato em não permitir a volta às aulas, e, a todo momento os estudantes gritavam palavras de ordem, “Ô lê lê, ô lá lá queremos estudar e Sinproessema não quer deixar”; “Queremos estudar”, dentre outras.
Ao chegarem à sede do sindicato os estudantes foram mal recebidos por um pequeno grupo de professores, que tentaram hostilizar os estudantes, inclusive chamando os alunos de vagabundos.
Os estudantes pediram para que o presidente do sindicato, Júlio Pinheiro, fosse até o carro de som na rua para dar uma palavra com os estudantes e foram informados que não havia ninguém da direção do sindicato naquele momento e que estavam em outra atividade, os estudantes não recuaram e começaram a intensificar seus protestos foi quando apareceu o presidente que muito constrangido fez uso da palavra, mas não conseguiu explicar e nem convencer os estudantes sobre os reais motivos da paralisação, e logo em seguida deu as costas para a manifestação e foi embora, sendo muito vaiado pelos presentes ao ato, os estudantes continuaram seu protesto e se retiraram da porta da sede do sindicato mais indignados ainda e prometeram mais protestos para aproxima semana.
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