Dop blog do Marco D’Eça:
Para quem analisa política tomando como base o referencial histórico, as fotos do ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB), captadas, em sua maioria, pelo publicitário Felipe Klamt, formam um conjunto ideal para estudos de comportamento dos líderes messianicos da história.
Todos eles, sem exceção, estudaram cada movimento para impressionar o público durante suas apresentações.
As poses do líder nazista Adolf Hitler, sua expressão corporal e seus trejeitos públicos, por exemplo, eram estudados milimetricamente e ensaiados à exaustão pelo nazista, com objetivo claro de impressionar as massas.
Cada gesto de Hitler tinha uma razão de ser e um objetivo claro, no contexto do momento em que ele se encontrava.
No best-seller “Desvendando os Segredos da Expressão Corporal”, Allan e Bárbara Pease abordam Hitler, ao tratar do tema “O Poder está em suas mãos”. E sentenciam:
- O braço estendido lembra a saudação nazista e é o mais agressivo de todos os cumprimentos, porque impede de se estabelecer uma relação de igualdade. É tipico das pessoas autoritárias e dominadoras.
Quem conhece a história de Hitler sabe no que deu; mas sua técnica não deixou de ser usada por políticos do mundo inteiro mesmo após sua queda.
O exemplo mais conhecido no Brasil foi o ex-presidente Fernando Collor de Melo – e o resultado ficou na história do país.
Um estudo detalhado das imagens públicas de Flávio Dino revela muitas semelhanças com a expressão corporal tornada clássica ao longo da história.
Em suas andanças pelo Maranhão, o comunista só aparece em poses messiânicas, com forte expressão corporal e uso constante das mãos, em movimentos quase teatrais – captadas com maestria por Felipe Klamt, um do seus principais aliados.
O histórico choro ao telefone – publicada em primeira mão neste blog, em outubro de 2008, e uma das poucas não captada por Klamt – foi usada à exaustão para atender aos objetivos comunistas na pós-derrota para João Castelo (PSDB).
Depois, foi esquecida e até condenada por eles quando usada em contexto mais crítico.
Mais forte ainda é a foto captada por Klamt durante encontro do PCdoB. Flávio Dino com o braço levantado lembra Moisés, o líder hebreu que abriu o Mar Vermelho para libertar o povo da escravidão egípcia, segundo a lenda bíblica.
E o que dizer da foto em que ele aparece em meio à multidão, com os braços abertos, em pose de Salvador da Pátria, onde se vê uma deputada Eliziane Gama (PPS) quase hipnotizada com a sua presença?
Outra imagem, com as mãos à frente em movimentos frenéticos, meio que desfocada pela própria rapidez do gesto, lembra a clássica cena de Hitler no espelho, a ensaiar mais uma série de trejeitos para usar em frente à massa nazista alemã.
A história não deixa mentir.
Todos os políticos que surgiram com o rótulo de Salvador da Pátria, seja na mais longíqua província, seja em âmbito nacional ou internacional, têm o perfil eternizado em imagens com forte expressão corporal.
E todos eles mostraram exatamente quem eram quando alçados ao poder.
A história não deixa mentir…
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