“O dia do benefício é a véspera da ingratidão” (Provérbio português)
São sete os chamados “pecados capitais”: gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e orgulho/vaidade.
Esses pecados foram criados pela cristandade como atitudes humanas contrárias às leis divinas, e, segundo a tradição, foram definidos pela Igreja Católica, no final do século VI, durante o papado de Gregório Magno.
Em 2008, o Vaticano fez uma espécie de atualização da lista incluindo os novos pecados capitais da sociedade contemporânea. Temas como drogas, agressão ao meio ambiente, experimentos científicos com células-tronco, injustiça social e até agravamento da pobreza pela sociedade capitalistas passaram a integrar a moderna relação dos pecados mortais.
Contudo, sempre achei que a ingratidão deveria ser considerada um pecado capital, inclusive podendo constar como a oitava transgressão ética, moral e mesmo espiritual.
A ingratidão fere, machuca, angustia e maltrata de quem dela é vítima.
Não se trata apenas de uma quebra de confiança, mas de uma covardia pagar com a ingratidão alguém que nos fez algum benefício independente de ser material ou não.
Ela, a ingratidão, pode se dar de várias formas, podendo ser agressiva ou mesmo sutil.
Não se pode confundir ingratidão com o simples ato de não reconhecer um favor que alguém fez por nós. Não. A ingratidão é terrivelmente cara porque é sentimento que ignora a quem fez o bem a nosso favor, quem nos deu oportunidade em algum momento da vida, um ombro amigo que seja, um conforto solidário quando mais se precisou, enfim, é de ferir a alma o ato da ingratidão.
Temo a ingratidão.
Seja sendo vítima dela, seja o risco de praticá-la contra alguém.
Fiquemos, então, sempre vigilante ao ardil desse oitavo pecado capital.
Por Robertt Lobato
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